#5 - A MaisTerror pergunta, Marcos Martins responde


Nesta 5ª edição de "A MaisTerror responde", tivemos à conversa com Marcos Martins, um açoriano a viver em Lisboa, que criou a primeira marca de roupa portuguesa, dedicada ao Terror - Adamastor.


MaisTerror: Como surgiu o “Adamastor”? 

Marcos: Basicamente foi devido à minha esposa (risos). Dias após a antestreia do filme “IT: Chapter one” no MotelX onde tive o prazer de o visualizar, e, ao estar a desenhar o Pennywise, ela questionou porque é que não juntava mais vezes esses dois mundos, o do desenho e o do terror, os quais eu sempre gostei, e assim, tive a ideia de investir nos desenhos e estampar em roupa para que o mundo visse um pouco da minha arte. O nome “Adamastor” em si, basicamente foi tentar que a marca, por muito que possa vir a ser internacional, tivesse um toque português, um toque nacional, por isso juntei um monstro da nossa literatura e que representa o terror até certo ponto, e assim onde quer que esteja a marca, saberão que é nossa, é portuguesa. 

Já tens vários desenhos no catálogo, como é que decides qual desenho fazer para uma peça nova? 

Vou ser sincero, devido a motivos de força maior tive que “reformular” o site e só tenho cinematograficas dos desenhos publicados ( www.adamastorwear.com ). Contudo, respondendo a tua resposta, penso que vai um bocado das minhas influências cinematográficas. Sou um amante dos anos 70 e 80 do terror, é por isso que podem ver muito vindo destas alturas tal como da era da Universal Monsters. Claro que tenho sempre ideias novas, uma delas foi, pela altura da Páscoa, um coelho da Páscoa mais violento, o qual teve inúmera saída.



Sendo um projecto recente, como está a ser a reacção dos clientes? 

Muito boa, um pouco mais da metade dos clientes são do sexo feminino o que me deixa muito feliz porque um dos “lemas” do Adamastor era criar uma linha acessível a qualquer género e idade. Geralmente encontramos linhas de roupa no género que são muito mais macabras, e masculinas, fazendo com que o campo de clientes seja muito mais especifico. Com o Adamastor , qualquer pessoa, amante ou não do terror poderá usar e principalmente em qualquer situação quotidiana sem ferir susceptibilidades. 

Como se pode adquirir a roupa “Adamastor”? 

De várias formas, através do site www.adamastorwear.com onde temos vários métodos de pagamento, ou então de forma mais personalizada nas várias plataformas sociais desde do facebook ( www.facebook.com/adamastorwear ) , instagram ( www.instagram.com/adamastorwear ) ou twitter ( www.twitter.com/adamastorwear ). Mesmo sem querer comprar, podem sempre meter um gosto, e seguir-nos para estarem sempre a par das novidades. 



Tem algumas novidades para o futuro próximo? 

Diz-se que o segredo é a alma do negócio, mas por acaso ideias, propostas , resta oficializar. Até lá posso dizer que a maior novidade será uma junção com a melhor página de terror de Portugal, a MaisTerror (risos). 

Qual é a tua relação com os filmes de terror? 

A minha adoração, paixão, chama o que quiseres (risos). Sou amante de cinema em geral, mas o género de terror sempre foi desde dos 5 anos. Lembro-me que aos 8, 9 anos ia ao vídeo clube, ainda com cassetes, e viajava nas capas dos filmes italianos como o Zombi 2 ou a icónica capa do Poltergeist. Sinto que é aquela “droga” que me acalma, aquele género que faz explorar o sentimento mais primitivo do homem e que toda a pessoa já teve, ou seja, o medo. 

 Filme que mais te assustou? 

(Risos) depende da idade, lembro-me de ficar a olhar de canto para os meus brinquedos quando vi aos 10 ou a tocar constantemente na TV após o "Poltergeist" (risos). Aos 17 lembro-me de ver a estreia do "Blair Witch Project" na base das lajes na ilha Terceira, na mesma data da estreia nos estados unidos e lembro-me de sair de lá tremendamente perturbado na altura. Hoje em dia, após uma quantia estúpida de filmes vistos, é claro que pouco me assusta mas claro que filmes como o exorcista irão sempre marcar. 



Primeiro e último filme de terror que viste? 

O primeiro terá sempre um lugar especial na meu coração.  Era 1987, tinha eu cinco anos de idade e estava eu com minha mãe numa sexta-feira a tarde a ver a RTP-Açores quando deu a publicidade do Pesadelo em Elm Street . Eu, como uma pessoa insistente, para não dizer tremendamente chata, pedi pelo menos umas 100 vezes à minha mãe para ver o filme. À 101 vez, e já farta, aceitou, mas com a condição de o ver sem chorar, juntamente com ela, e que no fim fosse para a cama sem chorar. Uma hora e quarenta minutos depois, sem nenhuma lágrima no rosto, fui calmamente para a cama, e no dia seguinte, de manhã a comer com os meus pais, pedi, com um grande sorriso na cara, para que visse novamente o mesmo filme (risos). Quanto ao ultimo, no cinema foi o tão dividido hereditário, em casa já não se fala porque a lista de filmes para ver é tremendamente grande. 

Caso realizasses um filme de terror, qual seria o título? 

Ui, por acaso ia se chamar Histórias d’assombração, onde iria adaptar o livro com o mesmo nome de um filho da minha Ilha Terceira, o sr.professor Luís Fagundes Duarte. Seria uma antologia, de varias historias num so filme, com o mesmo ambiente/estilo que o filme The Witch.

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